Previsto para o mercado brasileiro em 2023, o comércio de seguros calcula um aumento nas vendas de apólices após a continuidade da vacinação contra a Covid-19 e a estabilização econômica do país. Quem acredita nessa visão é Jorge Alberto Vargas, especialista em administração de empresas pela Universidade de Warwick, na Inglaterra.
“Ter uma projeção de crescimento para a contratação de seguro de vida mostra que as pessoas estão se conscientizando sobre o assunto. É isso que nós esperamos do Brasil, que o mercado de seguros evolua cada vez mais alinhado a um processo de inovação por parte das empresas do setor”, afirma Vargas.
De acordo com dados apresentados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), a contratação de seguros tende avançar 10% em 2023 e as vendas online devem ter um papel expressivo nos próximos anos.
Com a perspectiva de alta na demanda, as seguradoras buscam estar mais próximas dos clientes com produtos que promovam o bem-estar físico e estilos de vida saudáveis, oferta de consultas via telemedicina e telepsicologia, além de patrocinar eventos que incentivam os clientes a se alimentarem melhor, praticar exercícios, parar de fumar e reduzir o consumo de álcool.
Para o especialista, a Covid-19 despertou o interesse global na compra de seguros de vida. “Mais pessoas estão percebendo que eles são pessoalmente responsáveis pelo futuro, essa percepção está criando oportunidades para as seguradoras e exigindo um tempo de resposta mais rápido para o envolvimento do cliente com a seguradora”, explica.
Segundo uma pesquisa realizada pela plataforma Statista em 2022, cerca de 33% das pessoas que possuem uma apólice de vida estão em uma idade entre 30 - 39 anos, e 52% deste público são homens. Consequentemente, existe um potencial de crescimento nos seguros de vida no Brasil.
Apesar de grandes mudanças, a colocação das seguradoras no mercado brasilero ainda está muito longe do esperado. Isso quando comparado com setores maduros como nos Estados Unidos. Por isso, o ambiente competitivo exigirá digitalização acelerada, estratégias de entrada mais rápidas e ganhos mútuos. O gerenciamento avançado de dados também será o diferencial para personalização de apólices e assim garantir uma boa jornada do cliente.
Mesmo com novas oportunidades de personalização, para Alberto Vargas, as pessoas não podem deixar de levar em consideração alguns pontos importantes antes de fazer a contratação da apólice. “Apesar de termos grandes avanços e uma projeção económica positiva para este ano, devemos nos atentar em diversos aspectos na hora de fechar o serviço”, esclarece.
Dentre alguns processos, Alberto explica que os interessados devem se acostumar com algumas situações, como:
É necessário ter uma imagem real da saúde financeira em que o interessado em comprar o serviço está, antes de descobrir que tipo de seguro de vida precisa e quanto.
Uma apólice de seguro de vida poderá fornecer cobertura por um determinado período, um ano, mas pode ser de 10, 15, 20 ou 30 anos.
É possível encontrar outros tipos de seguro de vida permanente, além de toda a vida. Um seguro de vida permanente oferece cobertura vitalícia, por isso é uma das razões que é mais caro.
Os dois principais fatores que as seguradoras de vida consideram ao determinar a taxa que você paga pela cobertura são saúde e idade. Portanto, quanto mais jovem você for ao comprar um seguro de vida, mais barato poderá ser o valor.
Procure seguradoras que tem uma estabilidade financeira que possa garantir a futuro suas coberturas contratadas.
Perguntas sobre idade, peso, histórico médico pessoal e saúde mental, histórico médico familiar e uso de tabaco fazem parte das perguntas feitas pelas seguradoras.
Além disso, as seguradoras também devem realizar perguntas sobre o registro de direção, trabalhos perigosos ou hobbies que tornam-se mais arriscados para o seguro de vida. Esta informação é usada para determinar qual será a sua taxa real da apólice.
A digitalização e captura de dados aliviará cada vez mais o requerimento de informações ao cotar uma apólice de vida.
Sobre Alberto Vargas
Jorge Alberto Vargas é formado em Master Business Administration pela Universidade de Warwick na Inglaterra. Possui experiência em gerência de finanças, planejamento, contabilidade, compliance e no desenvolvimento de equipes de alta performance. Já ajudou diversas empresas de diferentes tamanhos a atingir objetivos de inovação, custos e crescimento. Antes de morar no Brasil, trabalhou em mercados do México, Colômbia, Venezuela e Peru, sempre buscando entender a necessidade das empresas e a realidade econômica de cada país.
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